Não, não se trata de um artefato usado pelo Batman. O “bat” de batimetria não é palavra da língua inglesa, mas vem do grego bathys, que significa profundo. Batimetria é o conjunto de técnicas, métodos e instrumentos destinados a medir a profundidade e a mapear o leito dos oceanos, lagos e rios.
Além dos geógrafos, geólogos e oceanógrafos, muitos outros profissionais têm interesse na batimetria, entre eles os marinheiros, pescadores e até caçadores de tesouros dos navios naufragados.
No passado a batimetria era muito limitada. Para medir profundidade eram utilizadas varas, ou então longas cordas nas quais se faziam nós a intervalos conhecidos como braças. Ou seja, um método bem pouco eficiente. Hoje temos a tecnologia do Sonar, “Sound Navigation and Ranging”, desenvolvida no começo do século passado para descobrir submarinos. Funciona assim: Um aparelho emissor de ultra-sons (ondas de alta frequência) acoplado a um receptor de som, é colocado numa embarcação. O som emitido percorre a água, reflete no leito submerso (ou em algum corpo sólido), retorna e é captado pelo receptor. O receptor registra a variação de tempo entre a emissão e a recepção do som e calcula a distância entre a embarcação e o objeto.
Os batímetros permitem diferentes métodos de medição:
Topobatimetria: Usa-se um bastão apoiado no leito, com uma estação topográfica na margem colhendo os dados. É utilizado apenas em leitos rasos.
Ecobatimetria simples ou monofeixe: Usa de uma a duas freqüências sonoras ao longo de um perfil. O registro de posição é por GPS. Um software captura e análisa os dados.
Ecobatimetria multiplo ou multifeixe: Funciona como o monofeixe, só que usa toda uma faixa de frequências e atua por varredura, cobrindo uma determinada área. Por ser muito mais rápido que o monofeixe, é indicado para cobertura de grandes áreas.
Batímetro a laser: Tem o mesmo princípio do Sonar, porém usa a luz direcionada de um laser ao invés do som. Existem modelos aerotransportados usados em aviões para medir a topografia da superfície, e não apenas os leitos submersos.
Tags: Batimetria, Sonar
14 de abril de 2018 às 23:29 |
Muy bonito artículo . Yo ciertamente aprecio este sitio. Sigue escribiendo !
16 de abril de 2018 às 16:02 |
¡Muchas gracias! Nos visite siempre.
11 de novembro de 2013 às 13:20 |
Boa tarde…
Meu nome é Raquel e primeiro quero parabenizar pela forma com que foi exposto o conteúdo, simples e útil.
Segundo quero pedir uma possível ajuda. Faço técnico em Agrimensura e meu trabalho de conclusão será sobre batimetria. Gostaria de saber se você possui mais materiais sobre técnicas e equipamentos e como eles funcionam (como calculam as curvas de nível e etc…)
11 de novembro de 2013 às 16:29 |
Cara Raquel,
Obrigado pelas suas palavras gentis. Infelizmente, aqui no IPEM-SP nós não trabalhamos com batimetria. O post destina-se, apenas, a revelar os múltiplos usos e aspectos da metrologia ao público não especializado. Temo que o seu trabalho de conclusão exija algo mais profundo (sem trocadilho). Sinto não poder ajudar. Desejo sucesso e parabenizo você por escolher a Agrimensura, uma importante e fascinante área da metrologia.
28 de maio de 2012 às 19:01 |
Amei este conteúdo! Beijos a quem o publicou!
21 de março de 2013 às 20:16 |
Antes de tudo, desculpe a demora em responder. O site esteve inoperante em 2012.
Obrigado, professora! Fico muito feliz com a sua aprovação!