Fios, cabos e cordões flexíveis condutores de energia elétrica devem ser fabricados e comercializados de acordo com os requisitos do Regulamento Técnicos da Qualidade aprovado pela PORTARIA INMETRO N° 131, DE 23 DE MARÇO DE 2022.
Esses produtos estão obrigatoriamente sujeitos à avaliação da conformidade e precisam ser certificados por um Organismo de Certificação de Produto acreditado pelo Inmetro, e também estarem devidamente registrados no Inmetro. O Registro Ativo do produto junto ao Inmetro indica que o produto foi previamente analisado em laboratório e atende às condições mínimas para evitar incêndio e choques elétricos.
Os fios, cabos e cordões flexíveis comercializados devem possuir em sua embalagem, em etiqueta firmemente fixada, o Selo de Segurança do Inmetro com número de Registro Ativo. Antes de comprar, verifique a existência do Selo de Segurança e consulte o site do Inmetro para verificar se o Registro se encontra ativo: http://registro.inmetro.gov.br/consulta/
O Ipem-SP fiscaliza regularmente esses produtos no mercado, inclusive realizando o ensaio de resistência elétrica.
O ensaio de resistência elétrica é um dos principais parâmetros de qualidade dos cabos elétricos. Cada seção nominal (bitola) impressa na embalagem do produto corresponde a uma resistência elétrica especificada, em normas, para produção. Portanto, com esse parâmetro, é possível avaliar se a quantidade e qualidade do cobre ou alumínio utilizado foi adequada para a seção nominal (bitola) especificada na embalagem. Quanto maior a resistência elétrica encontrada, pior a qualidade do produto.
Quando um cabo elétrico possui em sua embalagem uma declaração do valor de seção nominal (bitola), mas na realidade esse valor é menor, induz o consumidor a comprar um produto que vai ser inadequado para a utilização pretendida. Um cabo elétrico mais fino do que o necessário terá maior resistência à passagem da corrente elétrica. Assim, quando vários aparelhos forem ligados à rede ao mesmo tempo ficarão submetidos a uma voltagem inferior àquela para a qual foram projetados, provocando mau funcionamento desses aparelhos e contribuindo para o superaquecimento da fiação elétrica, podendo, inclusive, levar a um incêndio.
Dicas:
A norma NBR 5410 estabelece as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa tensão.
Os fios são condutores elétricos formados por um único fio espesso e rígido. Os cabos são formados por diversos filamentos finos, o que os torna flexíveis. Os cordões são os cabos utilizados para conectar os aparelhos elétricos à tomada.
A bitola dos fios (secção nominal/espessura) é a área da sua secção transversal, e é dada em milímetros quadrados. A escolha da bitola depende da corrente elétrica (amperes) que o condutor deve transportar sem aquecer. Por exemplo, um condutor de 4 mm² precisa suportar uma corrente elétrica de até 28 A sem aquecer.
Fios e cabos podem ser fabricados em cobre ou alumínio. Nas instalações residenciais os fios de alumínio só podem ser usados em condutores neutros ou de proteção (fio terra), enquanto os condutores para fase só podem ser de cobre.
As cores dos revestimentos dos fios e cabos, conforme recomenda a NBR 5410, são: verde, ou verde com amarelo, para condutores de proteção (fio terra); azul claro para condutores neutros com isolação (não energizado); vermelho, preto ou marrom para condutores de fase (energizados).
Importante: Mexer com eletricidade não é para amadores. Consulte sempre um profissional eletricista.