O etilômetro, popularmente conhecido como bafômetro, é utilizado pelas autoridades de trânsito para identificar motoristas eventualmente alcoolizados que possam comprometer a segurança nas vias públicas.
Para assegurar que meçam corretamente é preciso que os etilômetros passem por verificações que satisfaçam as especificações do Regulamento Técnico Metrológico anexo á Portaria n.º 006 de 17 de janeiro de 2002.
A metodologia utilizada pelo Ipem-SP para testar os bafômetros é a simulação de sopro, em diferentes concentrações predeterminadas de etanol (álcool), para as quais espera-se que os equipamentos apresentem resultados específicos, utilizados como padrões de referência. O exame é repetido diversas vezes para cada bafômetro. O teste do Ipem-SP atinge 100% de eficácia no quesito precisão.
O Laboratório do Ipem-SP emite um laudo metrológico com a conclusão baseada no ensaio realizado. O equipamento aprovado é identificado mediante uma etiqueta de verificação (selo do Inmetro), afixada em lugar visível ao usuário e recebe um certificado de verificação com prazo de validade. Essa é a garantia que atende às condições exigidas pelo Inmetro.
A verificação tem validade de um ano. Findo esse prazo, o instrumento precisa ser submetido à nova verificação metrológica, a qual deve ser repetida anualmente ou sempre ou que tiver sofrido algum reparo.
Os mitos
As leis brasileiras são bastante rígidas no que diz respeito a punir quem dirige alcoolizado. Por isso, muita gente que gosta de beber e sair dirigindo por aí, anda se perguntando se é possível enganar o bafômetro. Aparece tudo que é receita: Uns dizem que comer coisas muito gordurosas funciona. Outros sugerem beber vinagre, comer cebola, chupar pastilhas de leite de magnésia e, até, comer banana, na vã esperança de que os vapores exalados pelo hálito contaminado por essas, digamos, substâncias espertas, enganariam o aparelho.
Só que a coisa não funciona assim. O etilômetro, ou bafômetro, mede a concentração de álcool presente no ar alveolar, isto é, o ar exalado pelos pulmões quando a gente expira. Ou seja, quando alguém toma bebida alcoólica, esta vai parar no sangue. O sangue, todos sabem, é conduzido aos pulmões justamente para que haja troca de gases: entra oxigênio e sai gás carbônico. Nessa troca, parte do álcool presente no sangue acaba evaporando (o álcool é muito volátil) e se mistura com o ar exalado na respiração. Quando o motorista alcoolizado sopra o bafômetro, o ar reage com substâncias químicas dentro do aparelho. São reações químicas específicas, portanto, não adianta tentar ludibriar a sensibilidade do equipamento com a ingestão de panaceias. Afinal, não é pelo cheiro que o etilômetro detecta álcool.
Por isso, o melhor mesmo é evitar a bebida alcoólica se for dirigir, e não apenas em razão da possibilidade de ser pego pelo bafômetro, mas principalmente porque motorista embriagado faz bobagem!