Provetas são medidas materializadas de volume, geralmente graduadas em milímetros ou centímetros cúbicos, comumente utilizadas em laboratórios.
Dos muitos tipos, modelos e capacidades volumétricas existentes, apenas a proveta de vidro de 100 mililitros, com boca esmerilhada e tampa, para medição da quantidade de teor de etanol anidro na gasolina, está sujeita à metrologia legal. Ela é utilizada nos postos de combustível para conferir a qualidade do produto.
Por estar sujeita à metrologia legal, esta proveta precisa passar por verificação inicial e subsequente conforme a Portaria Inmetro nº 528/2014. Aqui no Estado de São Paulo cabe ao Ipem-SP proceder à sua verificação. A verificação subsequente é feita a pedido do usuário.
A verificação inicial é feita geralmente no fabricante e consiste em:
Ensaio visual: verifica-se qualquer defeito ou imperfeição que interfira no desempenho da proveta, como inscrições defeituosas e duplicidade de identificação.
Ensaio dimensional: verifica-se a conformidade das provetas com as dimensões estabelecidas em tabela própria do Regulamento Técnico Metrológico da portaria citada.
Análise do Certificado de Calibração: as provetas apresentadas para verificação inicial devem ter Certificado de Calibração emitido por Laboratório Acreditado no escopo específico. Para ser aprovada em verificação inicial, os erros apresentados na calibração não devem ultrapassar o erro máximo admissível de ±0,20 mL nos valores nominais 50 mL, 60 mL, 62 mL e 100 mL.
Calibração: Simplificando bastante, podemos dizer que calibração é a operação que compara os valores e as incertezas de medição fornecida por padrões, com as indicações correspondentes apresentadas pelo instrumento ou medida materializada, e incertezas associadas.
Na calibração da proveta os erros de medição são determinados pelo método gravimétrico. Deve-se determinar a massa específica do ar, temperatura, umidade e pressão atmosférica na hora da pesagem. Deve-se determinar a massa específica da água, utilizando um picnômetro de vidro. Deve-se pesar a proveta vazia numa balança adequada para determinar a sua massa, enchê-la até poucos milímetros abaixo do traço de referência a calibrar com água destilada a 20 ºC, completar gota a gota considerando-se o menisco, e, em seguida, pesá-la cheia. Do peso da proveta cheia subtrai-se o peso da proveta vazia. Conhecida a massa da água, sua temperatura, sua massa específica e demais parâmetros, converte-se o valor para volume.
Sim, é um pouco complicado, mas calibração é mesmo um processo delicado e complexo. O laboratório de volume do Ipem-SP, credenciado junto à Rede Brasileira de Calibração – RBC, está apto para fazer calibrações desse tipo.